"A boca fala do que o coração está cheio."

sábado, 22 de dezembro de 2007

Um pedido


Sabe aqueles dias onde tudo está ocorrendo maravilhosamente bem, mas você sente que alguma coisa de errado vai acontecer daqui pro final do dia?
Pois bem...meu dia está sendo assim.
O céu está azul e os passarinhos cantam; o sol anuncia uma bela manhã de sábado.
Tudo estaria perfeito, se não fosse pela minha sensação de mal-estar.
Só de pensar no magnífico evento da noite, já sinto as borboletas no estômago.
Ah...a noite!
Espero anciosa e temerosamente esta passagem do dia.
É o momento do término, e da despedida para alguns.
Formatura do 3º ano do ensino médio.
A minha inexperiência me diz o que vai acontecer daqui pra frente.
Haverão e-mails, algumas mínimas ligações, quem sabe, alguns encontros e ....
Pode parecer pessimismo falar desa forma, porque nós fazemos promessas de não abandonarmos uns aos outros, prometemos que estaríamos ali "pro que der e vier", desejamos profundamente que a nossa amizade não se desfaça com o tempo e com os diferentes caminhos seguidos, mas no fundo, sabemos que aquilo que desejamos não passa de sonho, então falar dessa forma não é pessimismo, é só realismo.
Sei que assim é o curso da vida e eu desejaria, mas sei que de nada adiantará, mudar esta realidade.
Peço portanto que o tempo não desgaste as minhas memórias, pois elas são tudo que eu tenho de um tempo que não voltará jamais.
As memórias são a única coisa capaz de me tornar feliz quando o presente se for.
Peço humildemente baixinho e com lágrimas nos olhos: por favor, Tempo, não haja de forma devastadora na minha vida, leve-me tudo- jovialidade, disposição, força, beleza- mas não leve embora as minhas lembranças.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O relógio da vida está adiantado


Por favor...
Vai devagar...eu tenho medo.
Você não sabe esperar, não sabe o que eu quero.
Simplesmente quer que eu me atire de uma vez.
Mas eu não sou assim...
Posso perder muita coisa por causa disso, é verdade, mas o meu senso analítico não permite que eu me lance no mundo, sem pensar nas consequências.
Se você tiver paciência, ambos sairemos ganhando.
Mas você não tem paciência; não pode me esperar.
Oh, vida! Por que você é assim?
Tão impaciente.
Vai e não dá tempo pra que eu reflita um pouco mais.
Pra mim, há sempre muito a se analisar.

Minha companheira fiel: a ridicularidade

Não consigo ser indiferente à ridicularidade. Sinto-a aconchegada em meus braços e tenho certeza que ela jamais me abandonará.
Por vezes a esqueci, mas ela volta, atonitamente, para me fazer lembrar da sua existência.
O mundo ao meu redor é seu aliado e jamais me deixará sentir a ausência da ridicularidade.
Pensamentos ignorados, olhares desviados, momentos esquecidos... são traços marcantes da sua presença.
Ela não me segue. Ela simplismente mostra o caminho que devo seguir.
Ela é a minha guia, a minha companheira; não porque eu quero, mas porque ela me escolheu.
Ela é ciumenta e afasta os que de mim se aproximam.
Ela está sempre comigo e eu estou sempre sozinha.
Estamos presas uma a outra por um contrato vitalício, mas eu aguardo esperançosamente a ajuda de algo ou alguém que possa quebrar as correntes que nos mantêm juntas.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

À Ti


Ontem ia dizer que te amo.
Mas lembrei daqueles momentos vazios em que fiquei à sua espera.
Talvez nem fosse necessário dizer, porque você já sabe disso.
Já disse que sinto a sua falta, que gosto de você, que você é especial pra mim.
Isso é suficiente pra sentir-se apaixonado por alguém?
Acho que sim e, se não, faço de conta que seja, porque eu quero estar nessa condição.
Querer!
Já nem sei se estou certa das coisas que quero.
Acho que nunca estive.
Mas quem é certo nesse mundo?

Sabe por que desisti de dizer que te amo?
Porque me faltou coragem e eu tinha muitas certezas.
Certeza de que o meu amor seria surreal.
Certeza de que eu sofreria com isso.
Certeza de que você me abandonaria, deixando-me sozinha numa tarde cinza.


Tive medo de perder a única coisa que você me oferece: a sua amizade.
“E se você me interpretasse mal?” Foi o que eu pensei.
Eu não gostaria de perder sua amizade, pois como já deixei explícito, milhares de vezes: você é uma pessoa única e não é no espaço de tempo chamado sempre que encontrarei pessoas como você.


Desejaria voltar no tempo.
Se eu conseguisse, faria tudo diferente.
Eu sentiria que o verão ficou mais ensolarado, que o vento ficou mais fresco e que a chuva cai doce nos meus lábios.
Tudo mudaria de sentido, como em um caleidoscópio.
Talvez tudo fosse melhor se eu pudesse passar mais tempo com você.
Mas a minha mente já se encarregou de fazer um relicário para os nossos poucos momentos juntos.

Depois de algum tempo, você vai me esquecer, eu sei.
Serei pra você, mais insignificante do que uma página em branco.
Mas eu peço que não esqueça de uma coisa: que um dia alguém te amou muito e que esse mesmo alguém nunca vai te colocar num lugar chamado esquecimento.

Nem sei por que estou te dizendo isso.
Acho que o culpado é o final de ano, que deixa as pessoas mais vulneráveis a sentimentos.
De qualquer forma...
Eu não queria partir sem que você soubesse disso.

É péssimo dizer adeus.
Só Deus sabe quão difícil está sendo pra mim, ter que dizer isso.
Só Ele sabe o quanto já chorei por sua causa.
Ou melhor, por minha causa, já que sou eu que te ama e não o contrário.
Mas enfim...adeus!

Re-Início

Eu poderia escrver sobre uma música, algo ou alguém.
Poderia simplesmente não escrever nada; como já fiz durante um tempo.
Mas resolvi escrever sobre mim mesma.
Durante algum tempo hesitei se deveria falar sobre a minha vida ou não.
Optei por falar, já que não pretendo divulgar os meus escritos.
Não escrevo para que alguém goste.
Escrevo somente para tentar libertar um pouco do meu "eu", que ultimamente anda tão reprimido.
As vezes sinto que tenho tanto pra dizer, mas me calo.
Por que?
Medo.
Insegurança.
E outras coisitas mais...
A partir de agora prometo tentar expor o que me angustia, o que me deixa feliz e tudo aquilo que fizer minha vida oscilar.