"A boca fala do que o coração está cheio."

domingo, 1 de novembro de 2009

O esquecimento que fica para trás ou Das coisas que te disse


Olha, eu estou escrevendo só pra dizer que não farei como no princípio, como em outras vezes. Cansei das lágrimas, das dúvidas, das fraquezas e, sobretudo, cansei do medo de arriscar.

Estou aberta à sorrisos, porque a sua alegria, a sua paciência, os seus (bons e maus) conselhos, as suas músicas e a tua voz calma, me fazem muito bem.

Já estou possuída de certezas, que fluíram de você pra mim e agora cercam nossas conversas e planos. Tudo isso me acalenta a alma como em dias frios na tua presença.

A força do seu bem querer não me deixa fraquejar. Quando sinto que não existo mais, me reconheço nas suas palavras, e de repente estou tão perto de você!

Tenho sonhos mirabolantes (daqueles que vale a pena perder o sono), não tenho medo de sorrir sozinha na fila do banco, já não vejo a vida seguir sem mim, porque há muito, quando você chegou pra mim, levantei as mãos ao céu, me permiti tentar ser mais do que fui. Agora desafio as pessoas que acreditam em distância. E, apesar de continuar gostando de viver nas entrelinhas, você me compreende como se eu estivesse me expondo em corpo, alma e vísceras.

Agradeço à sorte, às pessoas que me construíram o mundo, às boas coincidências, aos fracassos felizes, ao destino, à tudo que me aconteceu, à você que fez de mim um punhado de coisas melhoradas.

E porque não canso de repetir e ouvir palavras grandiloqüentes como “sempre” e “nunca”, não me canso das declarações.